Lei da Evolução de Custos ou Lei de Sitter
Por: Sinérgica - 03 de Setembro de 2024
“Melhor prevenir que remediar”…. Já ouviu falar deste ditado?
A Lei da Evolução de Custos ou Lei de Sitter ou Lei da Regra dos 5 é a prova que este ditado é verdadeiro e aplicável, ou seja, mostra que há aumento dos custos em função da etapa de intervenção, ou seja, quando um problema é corrigido ainda na fase de projeto é muito mais fácil e mais barato do que corrigir nas próximas fases, assim é melhor prevenir do que pagar para corrigir “consertar” depois. Esse aumento de custo segue uma progressão geométrica de razão 5, o que leva a impactos econômicos consideráveis apenas por não ter realizado as manutenções preventivas, por exemplo.
Sitter em 1984 juntou informações sobre vida útil de um bem (imóvel, equipamentos, etc.) e a relação para recuperar após dano ou custo para manutenção, antes deste bem chegar apresentar algum problema, fazendo essa correlação ele chegou à conclusão de que a cada etapa de um processo que a falha não fosse corrigida a próxima etapa poderia ficar até 5 vezes mais cara, logo o valor gasto seria multiplicado por 5.
Deste momento em diante tinha-se a relação dos custos envolvendo as manutenções preventivas e manutenções corretivas, onde a falta de planejamento e a falta de atuação direta com manutenções preventivas elevará as ações corretivas e consequentemente elevação dos custos de reparo e recuperação, sem contar ainda que um problema poderá ter desdobramentos gerando outros danos, além de diminuir a vida útil do bem.
Analisando a vida útil por exemplo de um equipamento (Figura 1) notamos que ao longo do tempo será necessário manutenções preventivas a fim de preservar a eficácia e eficiência de uso deste, ou seja, manter a confiabilidade, disponibilidade e mantenabilidade dos equipamentos.
Figura 1. Vida útil de equipamento considerando desempenho em função do tempo.
Caso não seja realizado as manutenções preventivas no momento adequado, de acordo com Lei de Sitter (Figura 2) o custo com as manutenções corretivas será 5 vezes maior. Se o seu custo é de R$25 na fase “Manutenção preventiva”, na fase “Manutenção corretiva” será de R$125,00. Exemplificando uma manutenção preventiva (revisão total) de uma bomba hidráulica 3cv tem um custo médio de R$500,00 à R$600,00. Esperar aparecer o problema para realizar a intervenção, ou seja, comprar uma nova bomba R$2500 à R$3000,00. Ressalta-se que aqui ainda pode somar desdobramentos pela falta da bomba como falta de água, que impactará diretamente os usuários.
Figura 2. Evolução de custos pela fase (tempo) de intervenção (Lei de Sitter).
Logo, quanto mais cedo for realizado a intervenção menor vai ser o custo financeiro. Mas, ainda podemos elencar outros pontos importantes realizando a manutenção preventiva: contribui para valorização do imóvel; proporciona segurança e conforto aos usuários e todo a edificação estará em conformidade com as normas técnicas (NBR-5674, NBR-14037 e NBR-15575).
Importante ressaltar que as manutenções preventivas bem executadas não eliminam totalmente as manutenções corretivas, entretanto, reduz significativamente a quantidade de emergencial/corretiva.
Portanto, prevenir é melhor que remediar! Manutenções preventivas não é custo, é investimento!